sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012


me peguei pensando nas escolhas que fazemos, no quanto elas modificam toda a nossa estrutura, no quanto elas afetam outras vidas. algumas escolhas do meu pai mudaram a vida da minha família inteira. não o culpo mais por isso, mas sei o quanto sofremos por escolhas que nem nossas foram. e as minhas? o que fiz delas? o que elas fizeram de mim e das pessoas que amo?
o que nos leva a fazê-las? por medo de acontecer algo ruim, várias coisas piores já me aconteceram. se eu fizer minhas escolhas por medo estarei deixando minha vida só nas mãos do destino. e isso é tão triste e tão pouco que não serve pra mim. acho que não deveria servir pra ninguém.
lembro de algumas das decisões importantes que tomei na vida (e muitas das pequenas também) e sei que algumas, se mudadas, mudariam todo o roteiro da minha vida até aqui. mas não, eu não o faria. não é que a minha vida seja o que eu queria que ela fosse aos meus 23 anos, mas ela é o que dela fiz. tudo o que fiz foi por amor, por coragem, por desejo, por fé. dei passos falhos que não podem ser corrigidos, mas não fiquei parada, não esperei que o destino escolhesse o meu caminho. decidi o que queria ser e sou. me faço, dia após dia, aos pouquinhos, como que talhando a madeira, sentindo a dor de cada lasca que se vai, me alegrando a cada contorno que se molda.
que, ainda que saibamos todos os riscos, possamos escolher viver, e nunca vivamos por fatalidade. o mundo dá as opções, mas não pode ser quem decide por onde devemos andar. que a gente possa sair do automático e ser protagonista da própria história, construir o próprio enredo e se orgulhar dos caminhos trilhados.

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